sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Saindo do papel

Mergulhar nas cores, brincando com as transparências, mesclando pigmentos, flores, raizes com as mãos, com água pura, fervendo ou não. Como se fossem poções mágicas... são momentos prazerosos, que me desligam do mundo real.

Já fiz isso com lã de carneiro que ia buscar nos montes mais altos de Minas Gerais, para depois de cardada e fiada, começar o processo de tingimento, com casca de pinhão, macela, ia parar nas tramas do meu tear.
Sinto saudade destas emoções vividas há algum tempo.
Mas com tudo na minha vida  acontece como dentro de uma mandala, organizada, sincronizada, interligada, hoje estou pintando no tecido e não mais, como antigamente quando meus desenhos viravam estamparia na seda.

Por ser praticamente “bio” ou “orgânica”, prefiro pintar no algodão puro, seja ele rústico ou mais delicado. Assim nasceram tantas criações como sacolas, aventais, almofadas, abajours, túnicas e agora essas saias, que servem para qualquer idade ou tamanho. 

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